Vivemos épocas de contrassensos, mas numa rota de evolução em muitos aspectos. As pessoas estão viciadas em dirigir seus olhares para cenários futuros de forma pessimista e catastrófica. E este vício é coletivo. Há motivos para isto, mas também há para que olhemos para o hoje e o façamos melhor, em inúmeras frentes.
Os ambientes de negócio na atualidade queixam-se e têm se mostrado pouco otimistas e dispostos a enxergar mudanças. E ainda esperam por um futuro que dará menos trabalho. Será?
Respeitando as dificuldades reais que as empresas têm passado, fruto de pressões e falta de recursos em todos os níveis, não se pode perder o foco e a missão da mudança, esperando algumas grandes resoluções. Alguns pontos necessitam ser tratados com urgência.
As relações de trabalho, por exemplo, que estão caminhando para a deterioração. Com ou sem crises e dificuldades, ele deve ser tratado para que possa evoluir. Passamos por uma transformação boa nesse aspecto, quando avaliamos o formato que as partes passaram a negociar, dialogar, compartilhar e coparticipar. Isto foi muito positivo e trouxe maturidade na relação. Outros aspectos também evoluíram muito, se comparados à natureza dessas relações no passado. Muitos paradigmas foram quebrados. Em contrapartida, como qualquer processo de transformação, situações de extremos, de desrespeitos e de quebra de contratos são vistos. Qualquer processo de mudança traz crise de identidade, antes da chegada do equilíbrio.
O equilíbrio a ser buscado nas relações de trabalho parte de duas premissas: empresas precisam de pessoas boas e comprometidas para dar suporte à gestão em cenários onde as diferenças prevalecem. E nessas diferenças, fazer a diferença será o segredo. A diferença sempre veio e virá através das pessoas.
Empresas precisam se dedicar a tratar o desequilíbrio existente nas relações de trabalho, evitando maiores danos ao mercado de trabalho. De outro lado, pessoas terão que se comprometer a buscar conhecimento, aconselhamento e apoio para mudar radicalmente a forma e intenção com que têm entrado e estado nessa relação. Questão de sobrevivência para ambos.
Fazer a diferença nas diferenças será uma competência a contribuir com menos crises, incertezas, ambiguidades, e menos desânimo instalado.