“Subdesempenho satisfatório é a definição de um estado de autoelogios, uma ‘doença’ que internacionalmente ataca empresas e outras instituições, inclusive governos. Trata-se de patologia em que condutores de uma organização, muitas vezes tomados por ilusões quanto ao sucesso dela, não percebem problemas que a acometem, e que podem levá-la a um subdesempenho futuro. Ou, então, eles são percebidos, mas menosprezados.”
Astor Wartchow
Esse não é um assunto novo, mas volta à tona sempre que algo impactante acontece no mercado dos negócios ou em esferas macroeconômicas ou políticas. Em ondas como a que estamos passando onde a competência, a diferença frente à concorrência, a busca pela melhor produtividade com os custos administrados e ainda a excelência obtida pelo conjunto do capital intangível são itens de primeira necessidade, falar do subdesempenho constatado em alguns países, empresas, executivos, dirigentes e profissionais que compõem o quadro estratégico do negócio, parece-nos algo inversamente lógico aquela que deveria ser a busca de resultados sustentáveis. Empresas e pessoas estão se escondendo atrás de um mau desempenho e, o pior, é a constatação de que o sistema vai contemporizando o baixo desempenho. E se contentado com isto, pagando por isto. Um preço altíssimo, pode-se dizer.
Como RH há anos, tenho visto esse cenário na prática e vivo essa inquietação assim como vivem, acredito, muitos colegas de profissão. E acho que é nesse ponto que mora nossa principal atuação, a de alertar as empresas do quanto essa cultura pode ser danosa para o negócio.
Uma das pesquisas mostradas no contexto desse assunto foi a de que presidentes de organizações consideram que 42% dos seus executivos não estão comprometidos e apresentam essa realidade do subdesempenho. E somente 12% deles pensam fora da caixa. Se o cenário está assim no degrau estratégico, como estará nos outros? Sabemos que equipe parcialmente comprometida não vira o jogo. Onde estará a força e energia para a promoção da mudança que se faz necessária?
“As empresas terão que mudar a forma de administrar, disseminando o conhecimento, tornando coletivo o que era centralizado ou individual, e encontrar maneiras rápidas de melhorar o desempenho dos colaboradores, agora denominados parceiros; não deixando que entrem na síndrome do subdesempenho satisfatório.”
Claudio Raza
Dentro do meu perfil, trago discursos e apelos para uma contribuição de mudança de olhar das organizações para com o cenário visto. O perfil de inconformismo pode causar desconfortos, mas é necessário para que algo mude. Sou também responsável por aquilo que legitimo.
Por que não cada um de nós buscar uma jornada que nos encante?