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Não é novo dizer, mas vale relembrar sempre, que somos “convidados” a demonstrar posturas maduras, coerentes e sensatas na vida, o tempo todo, em todas as instâncias. Muitas vezes não deixamos claro para o mundo quais são as nossas intenções.

Pensamos, falamos, queremos, reclamamos, esperamos, adiamos, evitamos e maquinamos muito e demais! Mas nem sempre nos posicionamos de verdade. Quase nunca nos fazemos entendidos naquilo que queremos, precisamos ou acreditamos, na essência. Reclamamos mais do questionamos. Falamos mais do que ouvimos. Esperamos mais do que fazemos. Adiamos mais do que agilizamos. Evitamos mais do que encaramos. Queremos mais do que doamos. Equivocamos mais do que acertamos.

Temos que fazer escolhas. Isto não cabe a mais ninguém do que a nós mesmos. Escolhas não são delegadas. Podemos ter apoios para fazê-las, mas o desfecho é nosso. Assumir posições prevê que façamos escolhas.

Assumir posições nos torna reais, límpidos e simples. Geramos credibilidade, inspiramos pessoas e realizamos feitos que ficarão, no mínimo, na memória e alma de alguns. Mas, antes de tudo, e não menos importante, orgulhamo-nos de nós e tornamo-nos os heróis de nós mesmos.

Embora ainda vivamos um cenário de perspectivas e ânimos acinzentados, quero crer que sempre podemos, e devemos, apostar em panoramas melhores. Cada um de nós tem um posicionamento sobre as questões que nos rodeiam como adultos cidadãos, profissionais, entre outros papéis que exercemos na vida pessoal e familiar. O meu olhar é naturalmente atraído para uma tradução positiva do que vejo, espero e reflito.

A cada ciclo iniciado nos amparamos nas possibilidades, esperanças e sonhos que não podemos deixar de ter. Por mais céticos ou desanimados que estejamos, por nós mesmos ou influenciados por outros, se queremos continuar, não podemos deixar de dar um crédito à vida, ao outro, aos espaços a serem ocupados, às nossas mais nobres expectativas. Não podemos perder o fio que nos liga à sanidade vital, que é a energia que colocamos para seguir em frente, para recomeçar, de cabeça erguida, com fé em nós mesmos e num mundo melhor. Por que não?

As crises e demais situações que muitas vezes arrefecem os ânimos coletivos, não podem ser muletas crônicas para a evolução, para a crença de que podemos fazer melhor e maior, sempre. E para ser grandes, de alguma maneira, independente do nosso tamanho.

 

Imagem é um assunto que damos pouca atenção a ele. Sim, é verdade. Investirmos em tanta coisa para alavancar nossa carreira e empregabilidade, e esquecemos ou negligenciamos o nosso maior bem: a nossa marca.

 

E quando investimos, é de forma incompleta: geralmente naquilo que é mais visível, e esquecemo-nos do intangível dela.

 

Os elementos da imagem pessoal/profissional:

Parte tangível:

• Apresentação Pessoal;
• Comunicação verbal, escrita, corporal/gestual;
• Acolhimento, simpatia e receptividade;
• Olhar firme e magnético;
• Postura e energia.

Parte Intangível:

• Elegância de caráter, atitude e comportamentos;
• Comunicação subliminar;
• Adequação ao ambiente;
• Disposição, entusiasmo, comprometimento e positivismo;
• Credibilidade;
• Referências;
• Indicações;
• A nossa marca, nosso maior tesouro.

 

O que conta não é só o que você conhece, mas o que a organização, o mercado, as relações e as oportunidades conhecem a seu respeito.

Sobre a inteligência emocional:

• Hoje uma das maiores ferramentas de alavancagem de carreira;
• Decide contratações e promoções;
• Evita demissões;
• Qualifica os relacionamentos e interações;
• Evita conflitos que destroem, e sustenta resolução de conflitos num sentido ganha-ganha.

As bases para a Inteligência emocional são:

• Autoconhecimento;
• Autopercepção;
• Autoconfiança;
• Autogerenciamento/autorregulação;
• Automotivação;
• Empatia;
• Habilidades sociais.

Para as empresas e o mercado de trabalho, não basta mais conhecer muito sobre algo, se você, como profissional e parceiro de trabalho, não sabe se relacionar, se comunicar, trabalhar em equipe, ser adaptativo, demonstrar colaboração, estar em conflitos sem perder o controle e a razão, e ser resiliente.

Ser inteligente não é somente raciocinar rápido e criar coisas novas. Ser inteligente também é ter a ciência de completude: o sentido de bem- feito, bem acabado. Ou seja, buscar adequação em tudo aquilo que seja importante para si, para o outro e para a comunidade que trabalha: a sua empresa!

Não são somente as novas gerações que precisam de líderes que possam admirar. Todos que trabalhamos e temos propósito nisso, queremos ter acima de nós pessoas que tenhamos afinidades, respeito e admiração.

O respeito por alguém que nos lidera, hoje vem:

• Do conhecimento e o mérito advindo dele;
• Dos exemplos demonstrados;
• Das conquistas dentro de bases lícitas e éticas;
• Do reconhecimento público;
• Da admiração: alguém a se seguir.

Não falamos muito nisso, pois o pensamento mais óbvio é de que esse assunto pertence às áreas de RH.

Há muito que quebramos essa visão, e já entendemos que a gestão de pessoas saiu da tradicional mão de RH para a responsabilidade de quem cuida das pessoas nas operações. Isto não é novo.

A minha contribuição para contribuir com a evolução dessa visão, é de que todos, em cadeia, são responsáveis, inclusive o próprio colaborador, mesmo ele não sendo chefe e nem RH.

Um contrato de trabalho e as relações advindas dele dependem do todo alinhado e sinérgico. Não adianta o patrocínio do dono, políticas consistentes e atualizadas, boas práticas e líderes bem preparados, se as pessoas não entram na relação para dar certo. Ou se posicionam como partes que esperam que outras façam por elas. Esta visão de empregado passivo e reativo somente a inputs que venham do entorno não cabe mais às relações de trabalho que hoje caminham para uma forma diferente de colaboração.

Todos numa empresa somos responsáveis para que as boas práticas de gestão de pessoas permaneçam, perpetuem e façam a diferença!

• Não dedicar “o seu melhor” para a empresa;
• Esquecer que a empresa precisa de você com disposição, energia, foco e dedicação;
• Esquecer que a empresa é um lugar para se trabalhar e não para exercer outras ações que não façam parte do contexto;
• Falar demais e dos outros – fofoca como “meio de sobrevivência no local”;
• Falar mal da empresa ou do chefe no interior dela;
• Ter posturas pessimistas, negativas e sempre mal humoradas;
• Agir de forma emocional ao invés de profissional;
• Achar que todos têm que entender o seu lado, a sua situação;
• Impaciência e intolerância com pessoas que decidimos implicar ou rejeitar;
• Não fazer a sua parte no processo de evolução e amadurecimento;
• Não pensar no todo; não colaborar e ainda torcer para que as situações de outros gestores e áreas deem errado;
• Não ter humildade e não assumir suas limitações e erros;
• Competitividade X competência: a primeira deve ser estimulada sem agressividade. A competição de alguém competente é consigo mesmo e não com os outros;
• Muitos outros (infelizmente).

Fala-se muito sobre esse assunto, a ponto de nos incomodar. Parece algo velho, num mundo tão novo, mas na verdade é algo sempre novo, ou deveria ser, no meio de crenças, atitudes e olhares ainda velhos.

Temos lindas frases de efeito sobre a mudança, mas a inércia ainda é grande. Nem esses indicadores de autoajuda têm nos ajudado a sair do lugar.

Temos medo, insegurança, não conhecemos o que vem pela frente, não queremos sair da comodidade, não queremos ter mais trabalho. Preferimos ficar congelados ou adiar essa promessa para mais um ano: afinal, ele passa tão rápido, não é?

Não há mudanças sem desconforto, sem renúncias e sem perdas. Não há mudança fácil. Não dá para delegá-la. Mas podemos contar com aliados e suportes.

Mudar é preciso, para:

– Sobreviver;

– Para continuar a existir;

– Para não desaparecer ou ser esquecido;

– Para manter nossas posições na vida;

– Para ganhar novas forças e energias;

– Para não perder a fé em nós mesmos.

As empresas têm sua personalidade, e como os seres humanos, ela abriga traços positivos e negativos.

As pessoas nas organizações, mesmo que de forma inconsciente, incorporam tanto os aspectos positivos quanto os negativos da cultura em que estão inseridas. Isto precisa ser entendido, monitorado e trabalhado.

Muitas vezes pessoas que entram numa empresa não se encaixam porque a cultura, de alguma forma, as repele ou as transformam no seu pior. O contrário também é verdadeiro: pessoas evoluem e crescem afetadas positivamente por uma cultura construtiva e transformadora.

Precisamos mapear mais de perto, empresas, lideranças e áreas de Gestão de Pessoas, que hábitos e comportamentos precisam ser potencializados, de um lado, e erradicados, de outro.

A cultura de forma a partir de modelos de liderança bons ou ruins: está na mão desse público trazer a transformação que as empresas precisam. Essa é uma missão exclusiva de quem escolheu estar nessa posição.

Quais são as forças que sustentam sua empresa como negócio. Eles estão claros para todos os colaboradores? Estes sentem orgulho disto?

Está na hora de fazer algumas perguntas sobre o porquê pessoas/profissionais viriam e permaneceriam felizes e engajados em sua organização. Não vale a reposta rápida de que as pessoas só querem um emprego, não importa onde. Nem mesmo em tempos de crise.

As empresas buscam a sua empresabilidade, que é a capacidade de se manterem atrativas em seus mercados, gerando valor, inovando e respeitando suas relações internas e externas, e fazendo a diferença pelo seu capital intangível.

 

Alguns pilares que sustentam e tornam os negócios perenes:

• Sustentabilidade do negócio em si: produto, serviço, marca, mercado, parcerias
• Estrutura forte: processos, sistemas, informações e conhecimento (Know-how).
• Liderança responsável e focada em pessoas e em relações de trabalho maduras
• Clima e ambiente sadio
• Valores sólidos e relações éticas
• Sustentabilidade econômico-financeira e socioambiental
• Quadro de pessoal capacitado, comprometido, engajado e maduro profissionalmente falando
• Sinergia , interação e colaboração entre áreas e pares
• Cultura transformadora
• Dirigentes visionários não só para o negócio principal, mas para a sustentabilidade completa- “o pensar fora da caixa”.

 

Vamos olhar para nossa casa?