Tomada de decisões sobre pessoas

 

Empresas e dirigentes têm muita facilidade, clareza e rapidez para tomar decisões sobre caminhos e rumos do negócio.  Especialmente quando o foco é mercado, ampliação, processo, tecnologia e finanças. Infelizmente digo que numa medida inversa, de mesmo peso e intensidade, têm grandes dificuldades quanto o assunto é resolução, reposicionamentos e ajustes relacionados a pessoas.

Em alguns ambientes e culturas essa dificuldade fica maior, quando os laços paternalistas de trabalho impedem uma análise e conclusões mais profissionais a respeito de pessoas. Isto vale de cima para baixo e ao contrário também. Embora as relações de trabalho tenham o caráter profissional, e isto por si só deveria garantir uma base mais transparente, racional e assertiva, o que se vê são dirigentes e gestores tendo dificuldades em lidar com situações que deveriam ter um trato mais objetivo, disciplinado e direcionado para o foco que o negócio exige.

Com toda a complexidade, dificuldade de se manter vivas, exigências de todos os lados e o grande lema que é a necessidade de se “fazer melhor, mais rápido e com menos”, as empresas precisariam atuar de forma mais prática, objetiva e, vou repetir, assertiva, nesse quesito. E ainda não estão.

Pessoas entram nos negócios em troca de reconhecimento, remuneração, crescimento em carreira e, no final da pirâmide de motivação, a autorrealização. Empresas buscam pessoas para alimentar a manutenção do negócio, pessoas que tragam forças e competências que realmente vão ajudar no todo, e não só em partes. As duas metades podem exigir de suas parceiras o melhor delas.

As relações profissionais precisam de atuações e decisões profissionais. Não estou aqui pressionando que somente empresas amadureçam nesse sentido. As pessoas contratadas para uma missão profissional, precisam revirar as páginas de uma postura que sempre espera, mas nunca faz. Precisam abolir a venda emocional da relação dos seus olhares profissionais, demonstrando sua dose de “adultice”, como diz um sábio profissional e amigo.

Empresas e pessoas devem lutar pela permanência e parceria, da melhor qualidade possível e com ganhos para ambos. Isto é profissionalismo. Essa mudança ajudará muito a fazer mais, mais rápido, melhor e com menos. O menos aqui não significa somente a redução necessária em gorduras, mas menos desgastes, rupturas e conflitos desnecessários.

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